Falta quase um mês para a posse, prevista para 20 de janeiro, mas Jorge Salgado já se vê em uma encruzilhada antes de assumir a presidência do Vasco, diante de decisões importantes que tendem a influenciar o futuro do time no Campeonato Brasileiro. Ao mesmo que tempo em que tenta colaborar nos últimos dias de gestão de Alexandre Campello, o presidente eleito prega serenidade e tranquilidade. Ele teme que a transição política influencie negativamente o elenco, que briga para não ser rebaixado. Uma medida, no entanto, foi definida. Como o Campeonato Brasileiro foi estendido até o fim de fevereiro por conta da pandemia de Covid-19, não serão feitas mudanças drásticas na estrutura do departamento de futebol até o término da competição. O diretor executivo André Mazzuco e o vice de futebol, José Luis Moreira, serão mantidos. Salgado vai assumir o Vasco a seis jogos do fim, antes da 32ª rodada. Conversa com Rodrigo Caetano e avaliação de Mazzuco Jorge Salgado não esconde a admiração por Rodrigo Caetano, com quem já entrou em contato. O dirigente, no entanto, ainda resolve sua situação no Inter e tem proposta do São Paulo. Paralelamente, Salgado recebeu boas referências de André Mazzuco, muito elogiado pela atual gestão. A continuidade do trabalho após o Brasileirão não está descartada. Na outra ponta, Salgado promete anunciar o novo vice presidente de futebol após sua posse. Se vai manter a cúpula do futebol do Vasco até o fim do Brasileirão, o mesmo não pode ser dito sobre Martin Benítez. Os valores acordados (cerca de R$ 20,5 milhões por 60% dos direitos econômicos) entre Alexandre Campello e Independiente são considerados altos pelo novo presidente, que descarta fazer um investimento desse porte antes do fim do Campeonato Brasileiro. Benítez e salários atrasados Resumindo, Jorge Salgado gosta de Benítez, sabe de sua importância para o elenco, tem interesse em mantê-lo, mas não nas condições pré-acordadas com Independiente. Se os argentinos não flexibilizarem e toparem estender o empréstimo do camisa 10 até fevereiro, o camisa 10 não seguirá no Vasco. O investimento, após o Campeonato Brasileiro, não está descartado, mas Jorge Salgado vê o Vasco com outras prioridades no momento. Como pagar mais de R$ 20 milhões por um jogador se os salários do elenco estão dois meses atrasados? Algo inviável na opinião do novo presidente do Vasco. A questão salarial, inclusive, é algo que Salgado vê como emergencial e trabalha de fato para ajudar antes de sua posse. O presidente eleito tenta antecipar recursos de um fundo de investimento, anunciado durante a campanha, que tem como meta arrecadar R$ 70 milhões para capital de giro. A ideia inicial dos investidores, no entanto, era que o dinheiro começasse a entrar a partir da posse. O dirigente tenta convence-los a antecipar uma parte para ajudar com salários de jogadores e funcionários. Não é algo simples. A instabilidade política do Vasco ainda é um dificultador. Embora Leven Siano tenha anunciado que não recorrerá, há um temor que uma nova ação na Justiça, por parte de algum agente da política vascaína, volte a tumultuar o processo eleitoral. No entanto, Vasco e Jorge Salgado têm pressa. Alexandre Campello retornou de Portugal na última semana sem conseguir adiantar parte dos recursos da venda de Nathan ao Boavista. O clube contava com a receita para quitar os salários do elenco, que estão dois meses atrasados.
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