O Vasco não quis uma nova aventura e apostou na "certeza" com o experiente Vanderlei Luxemburgo como novo treinador. O técnico já comandou seu primeiro treinamento, ontem (2), e, a despeito de promessas feitas pela diretoria ao elenco, ele terá desafios pela frente no Campeonato Brasileiro. Sair da zona de rebaixamento, claro, é a "prioridade número zero" do novo comandante da equipe. Com 28 pontos e na 17ª colocação, o Cruz-Maltino tem um jogo a menos que seus concorrentes, e, por isso, mais esperança. São 12 jogos até o fim do Brasileirão, e dos 36 pontos possíveis, ao clube traçou o objetivo de conquistar 50% dos pontos. Para isso, o elenco ouviu da diretoria uma promessa: pagar boa parte dos salários atrasados — o que se estenderá também aos funcionários, que possuem um débito menor. A ideia é que ao menos um mês seja quitado ainda na primeira quinzena de 2021, portanto, antes de Jorge Salgado assumir como novo presidente do clube de São Januário. Apesar disso, a estratégia partiu da gestão que assumirá o clube para o próximo triênio. Sem dinheiro em caixa, Alexandre Campello, que encerra suas atividades como mandatário nos próximos dias, preferia adotar um discurso mais conservador e não fazer promessas, algo que pesou, por exemplo, para a recusa de Zé Ricardo à proposta para assumir a nau vascaína no fim do Brasileiro. Na negociação em que propôs não receber salários e ganhar apenas um bônus no caso do Vasco escapar do rebaixamento, Luxemburgo fez questão de pontuar que o acerto dos atrasados era uma condição preponderante, ideia prontamente aceita por Salgado e sua equipe. Novo diretor de futebol do clube, Alexandre Pássaro, que participou da negociação, foi quem fez o meio de campo entre os pedidos do treinador e o aceite por parte da nova gestão.
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