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Lista de credores do Vasco na esfera trabalhista tem desde ídolos até nomes desconhecidos

O que Edmundo, Romário, Juninho Pernambucano, Felipe e Pedrinho têm em comum com Mateus, Ricardinho, Jonathan, Fillipe Soutto e Francismar? Os jogadores aparecem na lista de credores do Vasco, inseridos no plano de pagamento que o clube apresentou à Justiça no último dia 22. Desde alguns dos maiores ídolos da história cruz-maltina a nomes que raramente são lembrados em São Januário, a relação ajuda a explicar a atual situação financeira por lá. São duas tabelas, uma de credores na esfera trabalhista (R$ 152.004.598,39), outros na esfera cível (71.508.723,29). No caso dos jogadores de futebol, alguns estão nas duas listagens. Diego Souza, por exemplo, tem executada ao seu favor uma dívida de R$ 1,1 milhão na carteira de trabalho, e outra, referente aos direitos de imagem, de cerca de R$ 5,3 milhões, na fase de execução com embargos na justiça cível. Romário, que tem R$ 8,3 milhões para receber, aparece apenas com seu CNPJ. O maior credor entre todos, não importa a lista, não é nem um craque de renome, nem um grande prestador de serviços, como um escritório de advocacia. Wendel, volante que esteve no Vasco entre 2012 e 2013, tem exatos R$ 14.797.896,51 a receber, desde fevereiro deste ano. Ele, assim como a maioria dos jogadores e ex-jogadores com dinheiro pendente, aparece no fim da fila do plano de pagamentos que a diretoria tenta emplacar na esfera judicial para se livrar de penhoras. Na ordem de preferência estabelecida, a prioridade é dos idosos, como seu Agenor Mariano de Brito, de 87 anos, que começou a trabalhar no clube ainda em 1955. Funcionários que aceitaram abater ao menos 30% da dívida que o Vasco acumulou também ganharam preferência. Entre os jogadores, é o caso de Nenê e do atacante Muriqui. Outro nome conhecido que aderiu ao acordo foi o ex-diretor de futebol Alexandre Faria. O clube segue aberto a negociações e a ordem da lista de pagamentos pode mudar, caso outros credores acertem descontos com o clube. Os executivos também aparecem em peso na lista de credores do Vasco. Além de Faria, aparecem Paulo Angioni, Isaías Tinoco e Anderson Barros, entre outros profissionais que trabalharam no clube na gerência das divisões de base. Técnicos na fila Mas, somente atrás dos jogadores, os maiores credores do Vasco de acordo com a lista encaminhada para a Justiça são os membros de comissão técnica. Treinadores puxam a fila, naturalmente. Dorival Júnior e Jorginho estão entre os que mais têm dinheiro a receber do Vasco na esfera trabalhista. A comissão técnica de Dorival foi uma das mais caras dos últimos anos e seus auxiliares, Lucas Silvestre (também filho de treinador) e Celso de Rezende têm, somados, pouco mais de R$ 1,4 milhão de crédito. Outra dívida que chama a atenção é que o Vasco possui com o técnico Rodney Gonçalves, com passagens pelas divisões de base do clube, mas com R$ 1.402.857,10 em fase de execução. As investidas do Vasco nos esportes olímpicos também geraram dívidas, algumas que se arrastam por mais de mais de dez anos, e que o cruz-maltino faz planos para quitar, caso seu pedido de inserção no Regime Centralizado de Execuções (RCE) seja aceito. É o caso do passivo pendente com jogadores de basquete do fim dos anos 1990, começo dos 2000, com a ex-jogadora da vôlei Fernanda Venturini, e o ex-jogador de futsal Manoel Tobias. A última tentativa do clube da Colina de manter uma equipe de basquete masculino também gerou novas dívidas trabalhistas, no valor somado de aproximadamente R$ 2 milhões. Fonte: O Globo Online



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